COISAS DE ESCRIVÃO

 

Meu amigo Vamilson Prudêncio da Silva era escrivão em Tubarão, e é dele esta história:

No tempo em que as escrituras eram lavradas à mão em um livro onde não se admitiam rasuras, o escrivão estava a lavrar a escritura de compra e venda de um imóvel por um tal de Diogo da Silva.

Lá pelas tantas, o escrivão ao tentar escrever a palavra Diogo, errou e escreveu Digo.

Como era de praxe naqueles tempos de antes do computador, a correção se fazia através de uma ressalva, acrescendo-se a expressão "digo" e escrevendo-se, então, a palavra correta.

Pois bem, depois de escrever erradamente Digo, ao invés de Diogo, o escrivão quis corrigir, escrevendo a palavra "digo", mas por infelicidade e para aumento do  mal dos seus pecados, escreveu "diogo".

E agora?

O escrivão, provavelmente o próprio Vamilson, ligeiro de raciocínio como é, não se fez de rogado e escreveu: "Onde digo Digo, digo Diogo e onde digo diogo, digo digo."

Está aqui o registro.