OPOSIÇÃO -O Jornal JBFoco, trouxe um encarte com amplas notícias sobre o PV (Partido Verde), recém fundado em Biguaçu. Parece-me uma excelente oportunidade para aqueles que desejam começar  uma maneira nova do exercício político, apresentando, desde o início candidatos sem telhado de vidro e que estejam realmente movidos pelo interesse público.

Parece-nos difícil isso, certo?

E é.

Mas há muita gente excelente em nosso município, podem crer. Excelente de verdade: honestos, trabalhadores, independentes e com visão do bem público.

Mas o que me leva a escrever hoje, não é o Partido Verde, mas uma chaga política, chamada oposição.

Diariamente, em quase todos os jornais que lemos, em todo a País, a oposição faz isso, impede aquilo, negocia, negocia e acaba aprovando o nefasto.

Embora já se tenha esquecido, fazer Oposição não é nada do que se vê por aí, Biguaçu incluído.

Para a oposição o que importa é impedir que o Governo realize a maioria das obras necessárias, apenas com o fito de não vê-lo manter-se no poder.

Atrapalhar, impedir, derrubar, avacalhar, injuriar e todos os verbos abjetos são a tônica e a cartilha da oposição, não interessa de que partido ela seja.

O olho no próprio umbigo e nos interesses pessoais e de grupos, é o que interessa.

Isto é oposição?

Eu pergunto mais, será que esses políticos, ou será que algum político, sabe que na Democracia, a maioria significa todos?

É isso mesmo: maioria=todos.

O Povo (único soberano, na Democracia), passou a alguém semelhante mandato?

É na Democracia que vale a célebre frase de Voltaire “Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defendo até à morte o vosso direito de dizê-las”

Nunca me pareceu, em todo a minha vida, que os políticos tenham esse conhecimento, nem quando situação, muito menos, quando oposição.

Segundo entendo, fazer oposição é manter-se atento ao bom exercício da administração pública, impedindo ações prejudiciais aos interesses do Povo e obrigando e apoiando os administradores em  ações benéficas e em políticas permanentes de progresso e promoção do bem-estar dos cidadãos.

Quando alguma proposição mostra que haverá benefício à coletividade, a Democracia determina que todos se unam para que haja rapidez e eficiência na execução da ação proposta. Essa atitude, traz votos e simpatia à oposição e força, quando necessário posicionar-se contrariamente.

Democracia é algo simples, cristalino e bom: são todas as forças voltadas para o bem público. Só isso.

Mas o que se vê é o velho adágio espanhol conhecido de todos: “Si hai gobierno, yo soy contra” (“Se há governo, eu sou contra”), uma estupidez!

 

Biguaçu (SC), 03 de outubro de 2007.