CRISE MUNDIAL

Elói Inácio Carmezini

19 de fevereiro de 2009.

 

Ainda há pouco, estava eu aqui a falar com os meus botões (ainda os tenho na camisa; na calça, só zíper, que antigamente se chamava reco-reco, mas não se usava nas calças) que quando estourou a crise de 1929, muitos especuladores/investidores se viram pobres do dia para a noite, ou vice-versa.

Envergonhados ou desesperados, muitos se suicidaram.

Constato, com certa tristeza, que nesta crise, nenhum banqueiro se matou, até agora.

Nenhunzinho!

Nem nos Esteites, nem em qualquer outro lugar do Planeta em crise.

Uma pena! Uma pena, mesmo!

Mas, continuando o papo com os meus botões, o primeiro deles que falou (está prestes a se despregar da camisa), de cara me disse porque nenhum banqueiro se matou:

- Porque quem morreu foi a honra. E já faz muitos anos.

Por isso, ao invés de falar em crise, vamos trabalhar redobrado e, se a nossa honra foi perdida, readquiramo-la. Nossos filhos não vão se envergonhar de nós.

Por último, façamos de tudo para que um banqueiro tenha um infarto (de preferência, fulminante).