Cartas
"Espero que os
senhores senadores tenham lido e aprendido acerca da importância da liberação
de pesquisas com células-tronco." |
Portadora de esclerose
múltipla, fiquei muito satisfeita com a reportagem "Células da
esperança" (24 de março), uma vez que as células-tronco podem ser a
alternativa de cura para a minha doença e também para outras, como mal de
Parkinson e de Alzheimer. Além disso, sinto-me gratificada por saber que a
revista se preocupa em divulgar matérias de cunho científico, as quais podem
tornar públicos os avanços tecnológicos referentes à cura dessas doenças.
Fernanda Macedo
Pelotas, RS
Alívio, sensação de
bem-estar, felicidade. Qual palavra seria melhor para descrever meu sentimento
após ler essa brilhante reportagem? A esperança, como a própria matéria
sabiamente descreveu, leva-nos a todos esses sentimentos.
Veridiana
Pellegrini
Campinas, SP
Sensacional a reportagem
de Anna Paula Buchalla e Karina Pastore. As células-tronco têm tudo para marcar
a história da medicina, pois muitos pacientes que sofrem de doenças graves
consideradas "ainda" incuráveis buscam, por meio dessas novas
experiências, uma verdadeira esperança de vida. Se as experiências com as
células-tronco forem realizadas com cautela, com certeza o sonho de vida de
muitos enfermos irá se tornar realidade.
Michelli Chabalin
Freneda
Cianorte, PR
Para nós da New England
Cord Blood Bank do Brasil, uma empresa de coleta de sangue de cordão umbilical
e criopreservação localizada em Campinas, no Estado de São Paulo, é
extremamente gratificante observar o papel da revista VEJA de informar a
sociedade, demonstrando essa maravilhosa e única oportunidade de prevenção.
Antonio Bernardes
NECBB do Brasil
www.cordaodavida.com.br
Campinas, SP
Muito oportuna a
reportagem de VEJA acerca de células-tronco, no momento em que essa matéria é
discutida no Senado dentro do projeto de lei de biossegurança. A terapia com
células-tronco de sangue e placenta, embora promissora, ainda está na fase de
pesquisas. Nosso grupo vem trabalhando com essas células há cerca de dois anos,
na tentativa de tratar doenças neuromusculares. Não sabemos ainda qual é a
capacidade dessas células-tronco de se diferenciar nos vários tecidos humanos e
se constituir em um tratamento efetivo para essas e muitas outras doenças. As
únicas células comprovadamente capazes de se diferenciar em todos os tecidos humanos
são as células-tronco embrionárias, e por isso a importância da liberação das
pesquisas com essas células. As células-tronco, obtidas do sangue do cordão da
própria pessoa, ou autotransplante, não serviriam para o tratamento de doenças
genéticas que atingem 3% das crianças. Por essa razão é fundamental que se
criem bancos públicos de cordão, como existem hoje os de sangue. Sabemos que se
tivermos alguns milhares de amostras de cordão em um banco a chance de achar
uma amostra compatível é de quase 100%.
Mayana Zatz
Diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano Departamento de Biologia, Instituto de Biociências
Universidade de São Paulo
São Paulo, SP
Vivendo há três anos o
drama familiar de ter um ente querido com uma doença grave, progressiva, incapacitante
e tida como incurável nos padrões da medicina convencional, encontrei na
terapia com células-tronco embrionárias a única esperança de cura para minha
esposa, infelizmente acometida de esclerose lateral amiotrófica. Ela vem sendo
submetida a implantes de células-tronco embrionárias (já realizamos três
implantes) na EmCell Clinic, na Cidade de Kiev, na Ucrânia, uma das
pouquíssimas instituições que disponibilizam, hoje, esse tipo de tratamento. É
animador constatar que, finalmente, o assunto em que se cristaliza a esperança
de cura para dezenas de milhares de pessoas vem sendo, de maneira leal e
esclarecedora, colocado junto à opinião pública.
Daniel G. Fiorotti
e família
Por e-mail
Creio que a reprovação do
uso de embriões humanos para estudo das células-tronco não se trata de um
problema religioso, mas científico. As evidências científicas de que a vida
humana se inicia na fecundação são inquestionáveis. Dessa forma, os embriões
possuem a mesma dignidade e os mesmos direitos de qualquer ser humano. Os
estudos sobre células-tronco são louváveis, porém o uso de embriões para esse
fim é imoral, pois nenhum ser humano pode ser submetido a experimentação ou ser
manipulado. Algumas pessoas na história da humanidade já usaram meios cruéis
com boas finalidades e grandes catástrofes ocorreram.
Felipe Miranda da
Rocha Ferreira
Niterói, RJ
Conviva por algum tempo
com uma criança com diabetes tipo 1 e aprenda que o verdadeiro atentado à vida
é tentar impedir que a ciência encontre a cura de tantas doenças através das
células-tronco. Agressão à vida é ver minha filhinha tomando insulina duas
vezes ao dia, não poder comer doce e estar sujeita a tantas complicações
devastadoras que o diabetes pode trazer.
Karina Pesquero, médica
Goiânia, GO
Parabéns pela reportagem
desta semana sobre células-tronco. Foi muito esclarecedora e vai nos ajudar
muito. Precisamos de pessoas comprometidas que entendam que a terapia não
"mata", e sim salva muitas vidas.
Cida Zem, filha de portador de esclerose
lateral amiotrófica
Por e-mail
Apesar de desgastante –
como, aliás, qualquer profissão à qual nos dediquemos com afinco –, não me
sinto, como médico formado há 23 anos, desanimado ou pessimista. Faço parte dos
65% de satisfeitos mencionados na matéria "Radiografia do desânimo"
(24 de março). Há sempre espaço para aqueles que querem ser a cada dia mais
úteis para seus clientes e para a sociedade. Uma dica para os colegas
pessimistas: façam parte de uma cooperativa médica de credibilidade, pois a
união continua fazendo a força.
Edson F. Nascimento
Ribeirão Preto, SP
Faço parte de uma minoria
que ainda se encontra livre dos grilhões dos convênios e da servidão, mas nem
por isso deixo de perceber a crescente ameaça ao futuro da classe. Em outras
ocasiões, ter filho médico era sonho; hoje é preocupação.
Doutor Raymundo
Paraná
Professor livre-docente de hepatologia clínica
da Universidade Federal da Bahia
Salvador, BA
Infelizmente somos muito
maltratados e em determinadas situações temos de nos autogerenciar sem estar
preparados para isso, já que a maioria dos hospitais não nos contrata como
funcionários da instituição, e sim como "pessoa jurídica" ou
"cooperados", um subterfúgio utilizado para não pagar encargos
trabalhistas nem férias. Nas universidades somos obrigados a produzir, dar
aulas, formar internos e residentes ganhando muitas vezes um salário-base
aviltante que pode nem chegar ao salário mínimo (recheia-se o salário com
"gratificações"), com péssimas condições de trabalho, faltando
material e condições mínimas. Nossas instituições de classe são fracas e pouco
atuantes, deixando-nos sem defesa. Infelizmente, num país onde certa autoridade
pública declarou uma vez que médico é que nem sal: tem muito, anda de branco e
é barato, tudo pode acontecer...
Sergio Elia
Mataloun
São Paulo, SP
Uma das entrevistas mais
autênticas com que VEJA nos brindou em toda a sua longa história. Lê-la foi tão
prazeroso quanto ouvir os pagodes de Zeca Pagodinho, homem de caráter. Espero
que um dia ele volte a beber só espuma, de qualquer cerveja, para termos por
mais tempo a alegria de suas músicas.
Elói Inácio
Carmezini
Biguaçu, SC
Que bom seria se todas as
pessoas no país fossem e pensassem como Zeca Pagodinho: humilde, simples, a
palavra valer mais que um papel. Mas, como não é assim que funciona, muito me
admira que esse moço não tenha orientação de empresário, assessor de imprensa,
consultor, advogado, sei lá o quê, para avaliar um contrato antes de assinar.
Fala sério!
Claudia Segala
São Paulo, SP
Elogiar o Zeca é chover
no molhado. O cara é bom mesmo. A polêmica tem até um lado positivo, os
comerciais estão muito bons.
Alcione Alvim da
Silva
Blumenau, SC
Precisamos esclarecer ao
senhor Zeca Pagodinho e a determinadas empresas que a ética ainda é uma
qualidade esperada por nós, brasileiros. É a cultura do "jeitinho
brasileiro", que não estabelece limites para levar vantagem, a responsável
por muitas mazelas da sociedade brasileira. Vamos repudiar esse tipo de
comportamento. Meus filhos também não bebem e não fumam, mas quero que eles
vejam que o pai tem muito caráter.
Pedro Luiz Pereira
Joinville, SC
Lendo a excelente
entrevista, fica clara a postura desse ingênuo senhor, que assina contratos sem
ler e que nada entende de finanças. Resta ao povo ter de "engolir"
cantores de pagode e presidentes populistas, tudo em nome da democracia e da
liberdade de expressão. Experimenta!
Valéria Prieto
Mazaia Domingues
Contagem, MG
Zeca Pagodinho nos
convence de que misturar bebidas faz mal à ética. Ao declarar que recebeu
somente 300.000 reais e não leu o contrato,
ele nos deixa desconfiados quanto a sua tão propalada malandragem. No bar que
freqüento, a Brahma já é chamada de "cerveja do vacilão".
Jorge Schweitzer
Rio de Janeiro, RJ
O que a cerveja Schin, ou
qualquer outra empresa, poderia esperar de um sujeito que bebe desde os 16
anos?
Alzira Rafeal
Boynton Beach, Flórida, EUA
Assinou um contrato sem
ler nenhuma linha. Quanta ingenuidade! Lembrei-me de uma frase do grande
Bezerra da Silva: "Malandro é malandro, mané é mané".
Cristiano Ribeiro
Gonçalves Costa
Belo Horizonte, MG
É inacreditável! Do alto
de meus 83 anos, nunca deparei com alguém com tamanha cara-de-pau! Morô?
Odila M. Cardia
São Paulo, SP
Lamentável o senhor
Antonio Roque Citadini comparar o Aeroporto de Cumbica com uma rodoviária do
interior do Ceará. Aqui não jogamos "ovos" nos passageiros. Nossa
educação não permite desrespeito nem discriminação com os outros.
Raimundo Costa
Nogueira
rcosta@fortalnet.com.br
O advogado da União
Antenor Madruga, atualmente diretor do departamento de recuperação de ativos e
cooperação jurídica internacional do Ministério da Justiça, percebe a
remuneração mensal de 9.000 reais brutos,
tendo em vista o fato de pertencer à categoria intermediária da carreira, além
de ser ocupante de cargo comissionado, estando assim constituída sua
remuneração: salário básico da primeira categoria, no importe de 5.999 reais, acrescido de gratificação pelo exercício
de chefia, no valor de 4.095. Essa, contudo,
não é a realidade da imensa maioria dos advogados públicos federais, que estão,
ainda, na segunda categoria, cujo salário inicial é de 4.973 brutos. O salário líquido, ou seja, aquele que efetivamente
entra na conta do servidor, é de 3.300 reais.
Sérgio Luiz
Rodrigues
Presidente do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional
Brasília, DF
Excelente a reportagem
sobre a nova opção de emprego para a classe média. Ficaria ainda mais completa
se abordasse também as questões da vocação e da paixão pelo que se faz. Devido
a essas importantes reflexões, fiz o caminho inverso ao da reportagem: ao
perceber que me faltavam vocação e paixão, desliguei-me do serviço público,
trocando uma carreira estável e bem remunerada (auditor fiscal do trabalho)
pela aventura de criar meu próprio destino, fazendo do trabalho algo
extremamente prazeroso. Passados sete anos, tenho a certeza de ter tomado a
decisão correta.
Jorge Mauricio de
Castro
www.jmcconsult.com.br
Niterói, RJ
O artigo "Meu
conselho ao presidente" (24 de março), sobre o alcoolismo de Lula, está
embriagador. O colunista deixou o humor de lado e escreveu com muita seriedade.
O país é como um navio. Se o comandante está tomando pinga, em plena direção, é
um perigo. E Mainardi aborda a questão com muita lucidez. Foi um de seus
melhores textos. Agora fico pensando: será que Lula está agindo assim para
esquecer os problemas que não pode resolver?
Carlos Romero
João Pessoa, PB
Afinal, de que o Diogo
Mainardi gosta? A impressão que se tem é que ele não come, não dorme, não faz
sexo, ou seja, não aproveita nenhum prazer que a vida oferece. Ele só sabe ser
do contra. O pior é que na maioria das vezes ele tem razão.
Luis Antonio Costa Santos
Maceió, AL
O Cirque du Soleil é o
típico espetáculo de sucesso que encanta milhares de pessoas pelo mundo afora,
empregando outros milhares e sem usar do sofrimento nem da tortura de animais
como pretexto para gerar empregos, como fazem os tradicionais circos
brasileiros. Parabéns pela reportagem "O bilionário do circo" (24 de
março).
Davis Glaucio Quinelato
Catanduva, SP
Esplêndido o Ponto de
vista do economista Claudio de Moura Castro ("O tempo do
desenvolvimento", 24 de março). Até quando vamos continuar desrespeitando
horários e prazos preestabelecidos, jogando dinheiro pelo ralo do tempo?
Enquanto utilizar mal o breve tempo de sua vida, o Brasil continuará sendo um
país de contrastes com enorme dificuldade para gerar as riquezas de que tanto
necessita para seu pleno desenvolvimento.
Benedito José do
Espirito Santo
São José dos
Campos, SP
Gostaria de não ser mais
chamado pela revista de "bicheiro". A expressão é pejorativa. Sou empresário,
gerador de centenas de empregos, pai de família, homem do bem e nunca fui
processado nem condenado criminalmente. Tive a coragem de gravar que estava
sendo achacado por um então poderoso membro do governo do Estado do Rio de
Janeiro e até recentemente subchefe da Casa Civil do governo federal. Sou
vítima desse processo e estou presenciando uma grande campanha difamatória
contra minha pessoa (Radar, 24 de março).
Carlos Augusto de
Almeida Ramos
São Paulo, SP